O Ano Jubilar é um tempo especial de graça, perdão e renovação espiritual que a Igreja Católica celebra a cada 25 anos — um verdadeiro tempo de reencontro com Deus e com os irmãos.
Instituído pelo Papa Bonifácio VIII no ano 1300, o Jubileu tem suas raízes na tradição bíblica do Antigo Testamento, quando, a cada 50 anos, o povo de Israel celebrava o “ano da libertação” (cf. Lv 25). Era um tempo em que as dívidas eram perdoadas, os escravos eram libertos e as famílias voltavam à sua terra: um tempo de recomeço e misericórdia.
Na Igreja, o Ano Jubilar é um tempo de conversão e esperança, no qual os fiéis são convidados a renovar sua fé, buscar o sacramento da Reconciliação, viver a caridade e realizar peregrinações, especialmente às Portas Santas das basílicas e catedrais, símbolo de Cristo, que é “a porta” (Jo 10,9) pela qual entramos na comunhão com o Pai.
Ser “peregrino” significa estar em constante caminhada rumo a Deus; e viver a “esperança” é acreditar que o amor e a misericórdia do Senhor nunca se esgotam.
O Papa deseja que este Jubileu seja um tempo de cura interior, de reconciliação e de solidariedade, no qual todos possam experimentar a ternura de Deus e se tornar sinais vivos da sua presença no mundo. Ele nos chama a sermos cristãos esperançosos, que constroem pontes, acolhem os que sofrem e semeiam o amor onde há desânimo.
Viver o Ano Jubilar é abrir o coração à graça. É tempo de rezar mais, confessar-se, participar da Eucaristia com alegria e colocar em prática o mandamento do amor.
Cada gesto de perdão, cada ato de caridade e cada passo de fé tornam-se peregrinações espirituais que nos aproximam do coração de Deus.