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9 de julho de 2024Santo Érico
10 de julho de 2024Santa Paulina do Coração Agonizante de Jesus nasceu na província de Trento, na Itália, em 16 de dezembro de 1865, mas com apenas dez anos foi para o Brasil onde morou durante toda a vida e fundou a congregação das Irmãzinhas da Imaculada Conceição. É considerada a primeira santa brasileira e reconhecida como padroeira da imigração italiana em Nova Trento (SC).
Amábile Lúcia Visintainer, seu nome de batismo, foi a segunda filha de Napoleão e Ana, de quem aprendeu a viver uma vida de fé e devoção.
Em 1875 emigrou para a cidade de Nova Trento, em Santa Catarina, no sul do Brasil. Dois anos depois, a sua mãe morreu e ela ajudou a cuidar da família até o pai se casar de novo.
Aos doze anos, ela recebeu a Primeira Comunhão junto com Virgínia Rosa Nicoldi que era a sua melhor amiga. Elas tinham muito amor por Jesus, rezavam juntas e participavam com muito fervor da vida pastoral e social da paróquia de Nova Trento.
Durante toda a adolescência as duas davam catequese para crianças, cuidavam dos doentes, idosos, se dedicavam com alegria e fervor a todo o tipo de trabalho na Igreja.
Em 1890, quando tinha 25 anos, Amábile e sua amiga Virgínia, acolhem uma mulher com câncer terminal chamada Angela Viviani, em um casebre doado por um barão, onde elas já costumavam acolher pessoas doentes. Este gesto marcou o início da fundação da Congregação das Irmãzinhas da Imaculada Conceição, cuja data de fundação é 12 de julho de 1890. Nesta época, Teresa Anna Maule, uma entusiasta dos ideiais cristãos, se juntou a elas na congregação.
A Congregação das Irmãzinhas da Imaculada Conceição é considerada a primeira congregação religiosa fundada no Brasil. Amábile passou a se chamar Irmã Paulina do Coração Agonizante de Jesus e foi nomeada Superiora, passando a ser chamada de Madre Paulina.
A nova congregação atraiu muitas vocações, se dedicavam à oração, às obras de caridade e tinham uma pequena indústria de seda para enfrentar as dificuldades econômicas da época.
A Madre Paulina foi convidada para fundar uma comunidade em São Paulo em 1903, mesmo ano em que foi eleita superiora vitalícia da comunidade. Deixou Nova Trento e foi para o bairro Ipiranga, para cuidar dos ex-escravos idosos e crianças órfãs, depois da abolição da escravidão que aconteceu em 13 de maio de 1888.
O arcebispo de São Paulo, Dom Duarte Leopoldo e Silva, depôs a Madre Paulina do cargo de Superiora Geral em 1909 e a enviou para trabalhar com os doentes e idosos em Bragança Paulista. Ela foi proibida de exercer cargos na sua congregação.
Durante essa provação, ela se dedicou ainda mais à oração, ao trabalho e sofrimento, oferecidos para que a Congregação das Irmãzinhas pudesse continuar adiante e que Jesus fosse “conhecido, amado e adorado por todos e todo o mundo”.
Ela voltou a morar na Casa Mãe da Congregação em 1918, onde ficou até a morte dedicada a uma vida de oração e ajuda às irmãs doentes.
Em 1938, aos 73 anos, ela ficou doente com diabetes, teve que amputar o braço direito e ficou cega.
Madre Paulina morreu em 9 de julho de 1942, aos 76 anos. Foi beatificada pelo papa João Paulo II durante a sua visita ao Brasil em 18 de outubro de 1991 e canonizada na Praça de São Pedro em 19 de maio de 2002, quando passou a ser chamada de Santa Paulina do Coração Agonizante de Jesus.
Oração:
Ó Santa Paulina, que puseste toda a confiança no Pai e em Jesus e que, inspirada por Maria, decidiste ajudar o povo sofrido, nós te confiamos a Igreja que tanto amas, nossas vidas, nossas famílias, a Vida Consagrada e todo o povo de Deus. (Pedir a graça desejada) Santa Paulina, intercede por nós, junto a Jesus, a fim de que tenhamos a coragem de lutar sempre, na conquista de um mundo mais humano, justo e fraterno. Amém. Pai-Nosso – Ave Maria – Glória V. Santa Paulina. R. Rogai por nós!